Arsenal Concursos | Como estudar para concurso antes do edital: 3 fatos reveladores sobre o serviço público para você direcionar seus estudos.

Como estudar para concurso antes do edital: 3 fatos reveladores sobre o serviço público para você direcionar seus estudos.

Escrito por Jefferson Rafael

em janeiro 27, 2019

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Qual o próximo concurso público? Para qual eu vou estudar? São perguntas que surgem na sua cabeça quando não há edital publicado.

Afinal, há cargos no nível municipal, estadual ou federal; nos poderes legislativo, judiciário e executivo. Não é fácil achar uma oportunidade nesse emaranhado. Você fica angustiado, o tempo passa e a dúvida permanece.

Para superar esse obstáculo, vou compartilhar 3 fatos reveladores sobre o serviço público. Você terá mais estratégias para direcionar seus estudos antes do edital e aumentar suas chances de aprovação.

Siga a leitura para saber mais sobre:

Como surgem os editais: descubra como prever o lançamento do próximo edital

Quais editais serão publicados? Quantas vagas serão disponibilizadas? O que vai cair na prova?

Já imaginou ter essas respostas antes de todo mundo. Você não teria dúvidas sobre a realização de novos concursos, poderia estudar só as matérias que serão cobradas e, o melhor, sem nenhuma surpresa desagradável com o edital.

Embora seja o cenário perfeito, só há um problema, ele não existe.

Mas nem tudo está perdido, você pode vislumbrar o surgimento de um concurso, pois existem etapas que precedem o seu lançamento.

Siga a leitura para mais detalhes.

O início de tudo: a previsão na Lei Orçamentária

No plano federal, o primeiro sinal para realização do concurso é a previsão na Lei Orçamentária. Você pode encontrar essa informação no orçamento previsto para despesas de pessoal e encargos sociais que é o Anexo V da Lei.

Neste Anexo estão previstos os limites quantitativos e orçamentários para criação e/ou provimento de cargos, empregos e funções, bem como admissão ou contratação de pessoal, para os Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo, e também para o Ministério Público da União, para o Conselho Nacional do Ministério Público e para a Defensoria Pública da União.

Essa é uma previsão global, geralmente, não específica órgãos e entidades. Desse modo, ainda não dá para dizer para onde será o concurso.

Na LOA de 2019 foram previstos 48.229 vagas, sendo 4.851 para criação e 43.373 para provimento. Você pode ver o detalhamento na imagem abaixo:

Mas, tudo fica mais claro no próximo tópico.

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A autorização que precede a realização de um concurso público

No âmbito federal, os ministérios, autarquias e fundações precisam de uma autorização do Ministério da Economia, antigo Planejamento, para realizar concursos. Isso não se aplica às empresas públicas e sociedades de economia mista, que contam com autonomia para formar os próprios quadros.

O Ministério publica esse ato no Diário Oficial e União (DOU), conforme exemplo abaixo.

fonte: DOU, publicado em 14 de junho de 2018.

Após essa autorização, geralmente, o órgão tem seis meses para contratar a banca examinadora e lançar o edital. Você pode acompanhar essas informações nos sites especializados, no diário oficial e no sites dos órgãos responsáveis.

A autorização do concurso é um forte indício de que o concurso será realizado. É como sentir o cheiro que anuncia o almoço de domingo, mas nesse caso não há garantia de matar a sua fome, pois a expectativa pode se confirmar ou não. Certeza é só depois do edital publicado.

É um momento de intensificar a preparação para ganhar uma vantagem competitiva, já que vários candidatos aguardam o lançamento do edital para iniciar os estudos. Ou, pelo menos, colocar essa oportunidade no seu radar.

No dia 27 de novembro, de 2018, foi lançado o edital para a Polícia Rodoviária Federal (PRF). E sua autorização foi publicada em 27 de julho. Quem se antecipou, ganhou 4 meses de estudo em relação aos seus concorrentes.

Os últimos concursos autorizados pelo Ministério do Planejamento, foram para o IPHAN, AGU e PRF. A lista completa você pode encontrar na página de Autorizações e Provimentos, do site do Ministério.

Como a política impacta no surgimento de vagas para concursos públicos

De modo bem simplista, há concursos para manter o funcionamento da máquina pública ou para atender às prioridades do governo. E tudo sujeito à disponibilidade orçamentária, como já apontamos no tópico anterior.

Dessa forma é uma boa estratégia ficar atento aos movimentos do governo, para identificar quais áreas serão privilegiadas. Na última década foram priorizadas áreas de infraestrutura, educação e tecnologia da informação (TI).

3 iniciativas governamentais que resultaram em concursos públicos

Para a carreira de Analista de Infraestrutura, o Ministério do Planejamento realizou concursos em 2008, 2010 e 2012, totalizando 865 vagas. A carreira foi criada em novembro de 2007 e precedida pelo lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Outro exemplo é o cargo de Analista de Tecnologia da Informação (ATI), ele foi criado em outubro de 2006 para atender a necessidade de fortalecer as áreas de TI dos órgãos do Poder Executivo federal. Para esse cargo foram lançados concursos em 2009, 2013 e 2015, totalizando 770 vagas.

Por fim, a necessidade de expandir as instituições federais de ensino – escolas técnicas e universidades – originou inúmeras oportunidades pelo país. Tanto para professores, como para técnicos.

Identificar essas tendências e agir prontamente podem ser um diferencial para sua preparação. Com esse comportamento, eu conquistei uma vaga no segundo concurso para o cargo de ATI.

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Não há um plano de carreira único e abrangente no serviço público.

O Poder Executivo federal é composto por cerca de 1.200 (milhão) servidores públicos, distribuídos em mais de 300 carreiras com diferentes remunerações, progressões e regras. No Poder Legislativo e Judiciário há uma melhor padronização, mas só 11% dos servidores ativos estão nesses Poderes.

Diante desse cenário, surge um problema: remunerações distintas para a mesma atividade. Isso ocorre tanto dentro de um órgão, como entre os órgãos, e até entre Poderes.

Na área de TI, por exemplo, você pode se tornar um analista de sistemas da carreira PGPE, com uma renda bruta inicial de, aproximadamente, 5 mil, e trabalhar junto com um Analista de Tecnologia da Informação (ATI) que recebe, inicialmente, por volta de 10 mil.

Quando comparado com outra carreira, na mesma área, essa diferença pode ser ainda maior. Sua remuneração será 3x menor do que a de um analista do ciclo de gestão, que já começa com 18 mil de renda bruta.

Esses valores são retirado do Caderno 75 , de Março/2018, com a Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Civis e dos Ex-Territórios 

Não faltam exemplos para outras formações, como engenheiro, administrador ou direito.

É uma baita incoerência e a tentação de reclamar bate a porta. Não deixe ela entrar, resista e estude. Use o cenário ao seu favor.

A realidade, às vezes, não é coerente e racional como nós gostaríamos. Já que o governo não tem um plano de carreira, crie o seu.

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Plano de carreira de servidor é estudar para concurso

Você pode se tornar servidor público e ficar com a remuneração estagnada.

Depois de se tornar servidor público, você vai conquistar estabilidade no cargo e na remuneração. A primeira é óbvia, mas a segunda nem tanto.

Como servidor público, no governo federal, sua renda pode subir, basicamente, de duas formas: pelo aumento dado pelo governo, que resulta de uma negociação coletiva com os sindicatos ou pela progressão na carreira. Não estou considerando nessa conta as gratificações (DAS, FCT, FCPE…).

O aumento não é garantido, as carreiras PGPE (“carreirão” do Poder Executivo federal) , Ciência e Tecnologia e Técnicos das Universidades e Institutos Federais, por exemplo, não tiveram aumento no ano de 2018.

Por outro lado, a progressão é garantida, mas em alguns casos como o de analista da carreira PGPE o aumento não chega a 1%. Isso equivale a um aumento de R$ 154,00.

Como resultado, não há um grande aumento da sua renda com o passar do tempo.

Quando se ganha bem, isso não é um problema. Mas quando se ganha pouco, nem tanto. O tempo passa, suas despesas aumentam, seu poder de compra diminui e sua saída é o cheque especial ou crédito consignado.

Para não cair nessa armadilha, a educação financeira é importante. Caso queira saber mais sobre esse assunto leia meu post sobre Como se organizar financeiramente para estudar para concurso

Por isso acredito que plano de carreira de servidor público é estudar para concurso. Só assim, você consegue aumentos significativos na sua remuneração ao longo do tempo.

Para ilustrar esse raciocínio, segue uma tabela com a remuneração de quatro cargos de nível superior do Poder Executivo federal.

Cada cargo foi escolhido para exemplificar um “plano de carreira” por meio de aprovações.

A lacuna entre a remuneração inicial e final é preenchida pelas progressões que são os degraus que te levam até o topo. Em geral, a progressão é anual.

Quem entra no “carreirão” pode esperar 20 anos para ganhar mais 8 mil reais, ou prosseguir nos estudos e ultrapassar esse valor em menos tempo.

Eu nunca parei de estudar, entrei no “carreirão”, passei por alguns cargos intermediários – ATI, Analista e Técnico Judiciário – e cheguei no cargo de APO.

Por isso, aconselho: crie seu “plano de carreira”, comece por concursos mais acessíveis e prossiga nos estudos até alcançar o cargo desejado.

Com passar do tempo, naturalmente, você vai aumentar seu conhecimento e as chances de conquistar sua aprovação.

No final, o esforço vale a pena.

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Conclusão

Estudar para concursos antes do edital é uma aposta que faz parte da preparação. É como desejar que seja cobrado o que você estudou ou que você tenha acertado um chute na hora da prova.

Num cenário cada vez mais concorrido, esse pode ser um diferencial para sua aprovação.

Além disso, em um cenário de novo governo é importante entender as regras do jogo, ou seja, as etapas que antecedem o surgimento de um edital. É uma forma de separar o boato do fato, já que, naturalmente, há muita especulação.

E aí ?

O que você achou ? Será um prazer bater um papo com você

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Comentários ( 7 )

  1. HELEN QUEIROZ disse:

    Estou no carrerão, quero muito sair! Ano da mudança, cansei de ser pobre! Muito bom o seu Post , o negócio é não parar!

    1. Muito obrigado Helen. É seguir em frente para colocar seu plano de carreira em prática.

  2. Mike Wesley Blunk disse:

    Gostei do artigo. Parabéns

  3. Elaine Araujo disse:

    Estou iniciando nessa vida de concurseiro e estou adorando suas dicas e post no Instagram. Parabéns

    1. Muito obrigado Elaine.

      Desejamos que você conquiste sua vaga e durante sua caminhada conte com a gente.